Na manhã desta terça-feira (22), moradores localizaram os restos mortais de Jorge, de 60 anos, que havia desaparecido após um possível ataque de onça-pintada na zona pantaneira de Mato Grosso do Sul. A vítima atuava como caseiro em um pesqueiro privado há mais de 20 anos e foi surpreendida nas primeiras horas do dia anterior, enquanto exercia sua rotina nas proximidades do Rio Aquidauana.
As partes do corpo foram localizadas a cerca de 300 metros do ponto onde o ataque teria começado. Segundo relatos, os membros inferiores estavam em meio à vegetação próxima ao deck de acesso ao rio, enquanto vísceras e marcas de sangue indicavam o trajeto percorrido pela onça em direção à mata.
“Assim que avistamos os sinais, já sabíamos que não havia chance de encontrá-lo com vida. Foi um choque”, relatou um dos homens que participou da busca. Devido à proximidade do animal ainda na região, os moradores tiveram que se afastar e aguardar a chegada das autoridades.
A Polícia Militar Ambiental isolou a área e, com o apoio da perícia, iniciou a coleta dos fragmentos corporais para identificação. A principal hipótese é de que Jorge tenha sido atacado durante as primeiras horas da manhã, possivelmente enquanto preparava o café.
A tragédia trouxe à tona discussões sobre os riscos enfrentados por trabalhadores que vivem em áreas de preservação ambiental, onde o convívio com animais de grande porte exige atenção constante.
Jorge deixa dois filhos.
