O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou um pedido de cassação da diplomação de Alei Fernandes, prefeito eleito de Sorriso, e de seu vice, Acácio Ambrosini. Ambos são acusados de envolvimento em um esquema de caixa 2 durante a campanha eleitoral, segundo denúncia apresentada pelo promotor Márcio Florestan Berestinas.
Denúncia e Investigação
A denúncia revela que a campanha teria recebido doações não declaradas, incluindo contribuições de pessoas jurídicas, prática vedada pela legislação eleitoral. O caso ganhou notoriedade após a prisão de Nei Francio, coordenador financeiro da campanha, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nei foi flagrado transportando R$ 300 mil em uma caminhonete adesivada com propaganda eleitoral dos candidatos.
As investigações da Polícia Federal apontaram que o montante teria sido retirado de uma empresa localizada em Várzea Grande. Além disso, mensagens encontradas no celular de Nei sugerem articulações para obter doações ilícitas de empresários e o uso de laranjas para ocultar a origem dos recursos.
Implicações Legais e Pedido do MPE
Com base nos elementos apurados, o MPE acusa Alei Fernandes e Acácio Ambrosini de abuso de poder econômico, argumentando que as práticas identificadas comprometem a moralidade e a igualdade do pleito eleitoral. O pedido inclui:
Cassação da diplomação de ambos os eleitos.
Declaração de inelegibilidade por 8 anos.
Realização de novas eleições municipais em Sorriso.
Impacto e Repercussões
Caso a Justiça Eleitoral acate o pedido, as eleições em Sorriso poderão ser anuladas, gerando grande impacto político na região. A acusação reforça a necessidade de maior fiscalização sobre o financiamento de campanhas eleitorais para assegurar a lisura dos processos democráticos.